Confesso que já tinha pensado fazer um blog. Foi no início de 2007 quando me mudei para Lisboa e me ocorreu que este seria um excelente canal de comunicação entre mim e os amigos e família que deixei no Algarve.
A verdade é que as aventuras e novidades que pensava partilhar acabaram por ocupar tanto do meu tempo que nunca encetei o tal blog.
Hoje, esses acontecimentos continuam a ser verdadeiras aventuras (apesar de não me perder com tanta frequência nas ruas da capital!), no entanto já não são novidade, motivo pelo qual a minha entrada na blogoesfera não tenha por base tais relatos.
De facto, desde que cá estou apercebi-me que Lisboa e o Algarve não ficam assim tão longe. Esta nova noção de distância fez-me chegar à conclusão que podia visitar a família e amigos repetidas vezes e partilhar em pessoa (gesticulando, rindo, emitindo sons e fazendo vozes) os tempos de adaptação a uma vida completamente nova.
Com este afastamento da terra dei por mim a falar inúmeras vezes sobre o meu Algarve. Chegava a ser por tudo e por nada! O meu Algarve isto, no meu Algarve aquilo… e sempre valorizando o Algarve relativamente às demais localidades, claro!
Os meus colegas começaram a notar e a fazer piadas: “lá está ela com o meu Algarve”. Lembrei-me dos emigrantes e da saudade que lhes está implícita e achei que me devia controlar, passando a mencionar o meu Algarve apenas em ocasiões absoluta e estritamente necessárias.
Um dia destes chego a casa, vinda das aulas, e em jeito de desespero digo para o meu marido: “Vou ter de fazer um blog e não me ocorre um tema!”
“Faz sobre o teu Algarve!”, respondeu-me ele com ar de troça, voltando-se na poltrona.
A verdade é que as aventuras e novidades que pensava partilhar acabaram por ocupar tanto do meu tempo que nunca encetei o tal blog.
Hoje, esses acontecimentos continuam a ser verdadeiras aventuras (apesar de não me perder com tanta frequência nas ruas da capital!), no entanto já não são novidade, motivo pelo qual a minha entrada na blogoesfera não tenha por base tais relatos.
De facto, desde que cá estou apercebi-me que Lisboa e o Algarve não ficam assim tão longe. Esta nova noção de distância fez-me chegar à conclusão que podia visitar a família e amigos repetidas vezes e partilhar em pessoa (gesticulando, rindo, emitindo sons e fazendo vozes) os tempos de adaptação a uma vida completamente nova.
Com este afastamento da terra dei por mim a falar inúmeras vezes sobre o meu Algarve. Chegava a ser por tudo e por nada! O meu Algarve isto, no meu Algarve aquilo… e sempre valorizando o Algarve relativamente às demais localidades, claro!
Os meus colegas começaram a notar e a fazer piadas: “lá está ela com o meu Algarve”. Lembrei-me dos emigrantes e da saudade que lhes está implícita e achei que me devia controlar, passando a mencionar o meu Algarve apenas em ocasiões absoluta e estritamente necessárias.
Um dia destes chego a casa, vinda das aulas, e em jeito de desespero digo para o meu marido: “Vou ter de fazer um blog e não me ocorre um tema!”
“Faz sobre o teu Algarve!”, respondeu-me ele com ar de troça, voltando-se na poltrona.
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